Lembre 5 vezes que duvidaram do Botafogo e se deram mal

Túlio Maracilha com o troféu de campeão brasileiro e a bola do jogo do título do Botafogo em 1995
Reprodução

“Ganhar os primeiros jogos não é nada, quero ver manter”. “Essa disparada é coisa de cavalo paraguaio”. “Esse time é um lixo”. “Quero ver sobreviver ao desmanche da janela”. Essas frases foram acumuladas pelos rivais botafoguenses ao longo de todo o primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Até na rodada final, antes do jogo contra o Inter, os mantras continuaram: “Quero ver agora sem o Tiquinho Soares”. Eis que o Glorioso fez 3 a 1 no Colorado e segue na luta pelo título em excelentes condições.

Duvidar do Botafogo não costuma ser um bom negócio para os rivais. Por isso selecionamos aqui cinco ocasiões em que falaram que o Botafogo não ia superar as dificuldades ou manter a pegada. Mas no fim quem comemorou foi o botafoguense.

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Vamos a elas:

Volta olímpica de ré

Essa é antiga, mas sempre vale relembrar. A Taça Guanabara de 1968 era disputada no sistema de pontos corridos. O Botafogo chegou na rodada final com a mesma pontuação do Flamengo, que tinha um jogo a menos. Os dois times empataram sem gols no domingo e a torcida rubro-negra começou a comemorar. Afinal de contas, bastava um empate com o lanterna Bonsucesso no meio de semana. Os gritos de “é campeão” animaram os jogadores flamenguistas, que deram a volta olímpica em campo. A mídia no dia seguinte ao jogo chegou a publicar que nada tirava o título do Flamengo.

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O Glorioso foi para Goiás disputar amistosos. Mas os botafoguenses tiveram que voltar correndo para o Rio depois de o Urubu perder para o Bonsucesso. O regulamento previa um jogo extra no fim de semana. Mas a mídia seguia insistindo que, por conta do desgaste da viagem, o Botafogo não teria chances. No reencontro entre os times uma golada do Botafogo por 4 a 1. O episódio ficou conhecido como “volta olímpica de ré”.

Título invicto de 1989

Espinosa se adaptou facilmente ao Botafogo (Foto: Reprodução Youtube)

Em pleno jejum o Botafogo era alvo de desconfiança. Acredito ter sido um dos últimos jornalistas a entrevistar Valdir Espinosa de forma exclusiva antes dele falecer e o treinador lembrou naquele papo como todos desconfiavam do time. Isso chegou ao ponto de os jogadores entenderem que o título do Campeonato Carioca de 1989 só poderia vir de forma invicta. Desde o começo a gente sabia que se não ganhasse de forma invicta seria muito complicado, pois se o Botafogo perdesse um jogo as desconfianças voltariam – lembrou Espinosa naquela ocasião.

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Após a perda do primeiro turno, mesmo sem o time perder um jogo, a mídia começou a tratar o Botafogo como uma equipe em decadência. Mas não foi isso que se viu na final contra o Flamengo.

Copa Conmebol

Botafogo campeão da Copa Conmebol em 1993 no Maracanã

O Botafgogo perdeu para o Atlético-MG por 3 x 1 na ida das semifinais e precisava ganhar por três gols de diferença na volta. O time, que despencava no Brasileiro, não inspirava confiança. Assim antes do jogo da volta o discurso nos rivais era de eliminação. Mas o Glorioso fez 3 a 0 no Caio Martins e avançou para a final. Aí começaram a falar: “Contra o Peñarol não vai dar”. Na época o time uruguaio era uma das forças do continente. Mas no fim todos sabem: quem deu a volta olímpica foi o Botafogo.

Final contra o Santos

Botafogo campeão brasileiro em 1995
Botafogo campeão brasileiro em 1995

Como o Santos massacrou o Fluminense na semifinal do Brasileirão, com uma surpreendente goleada de 5 a 2, se falava que o Botafogo teria que abrir uma grande vantagem no Maracanã, no primeiro jogo. O triunfo por 2 a 1 chegou a preocupar até os alvinegros, que comemoraram de forma tão discreta que o zagueiro Gonçalves teve que ir até a arquibancada para cobrar uma vibração maior após o jogo. No dia seguinte ao jogo a imprensa paulista já comemorava o caneco do Santos. Só esqueceram de combinar com Túlio Maravilha.

Arrancada para a Libertadores

Sassá vibra com o técnico Jair Ventura na primeira vitória da série

O Botafogo terminou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro na zona de rebaixamento. O técnico Ricardo Gomes pediu demissão e o clube decidiu apostar em Jair Ventura, que estava na comissão técnica do clube. Muitosd tratavam o time como rebaixado pela falta de capacidade de reação.

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Com um discurso empolgante de vestiário e um time bem armado, Jair Ventura conseguiu tirar o máximo dos jogadores. Uma grande arrancada levou o Glorioso para a Copa Libertadores. Como vimos, duvidar do Botafogo não é um bom negócio. 

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