O Botafogo está garantido na Série A do Campeonato Brasileiro, o que tira um peso imenso para as mudanças no departamento de futebol a partir de 2020. As atenções da diretoria, além da disputa por uma vaga na Copa Sul-Americana dentro de campo, ficam agora para o clube-empresa. General Severiano aguarda a aprovação no Senado Federal e, consequentemente, a sanção da lei que permite e estimula os clubes de futebol a passarem a ter estruturas societárias empresariais pelo presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, o clube garante a criação da empresa a partir da próxima semana, no dia 12 de dezembro, quando o Conselho Deliberativo vota a nova estrutura societária no Palacete Colonial, e aguarda com cautela a confirmação dos investidores interessados na Botafogo S/A. Três grupos já sinalizaram positivamente para participar do modelo.
Ricardo Rotenberg, vice-presidente de futebol e comercial do Alvinegro, explicou ao Boletim do C.E que essa transição deve ser feita de forma cuidadosa, esclarecendo as declarações dadas mais cedo, nesta terça-feira, à Rádio Brasil, que causaram dúvidas no torcedor botafoguense, ansioso para que a transformação aconteça rapidamente.
– Vamos formar a empresa a partir da reunião no dia 12. Já temos uma empresa contratada que está vendo os interessados. Depois que o interessado disser “eu quero” e o Botafogo responder “eu quero você”, a gente precisa de algumas semanas, quatro ou cinco, para elaboração do contrato em comum acordo e as assinaturas. Então, por exemplo, se aparecer alguém em dezembro ou em janeiro, devemos correr para assinar em março e mudar. É mais ou menos isso – contou à coluna do FogãoNET.
Botafogo não quer assinar futuro de ‘qualquer maneira’
O dirigente quis tranquilizar a torcida alvinegra ao demonstrar confiança na aprovação da lei no Senado, que possibilita o Botafogo a fazer a inscrição do CNPJ além do prazo da CBF, que termina neste mês de dezembro. Ele também diz que todos os próximos passos serão feitos de forma responsável.
– Passando a lei no Senado, teremos o momento certo para mudar. Se não passar, existem formas legais de quem assumir tocar o Botafogo. Pelo que eu sei, a lei será aprovada ainda esse ano no Senado. De qualquer maneira, o prazo na CBF é dezembro. É impossível aparecer hoje um grupo chegando com 100 milhões de euros para o Botafogo e alguém assinar ainda em dezembro. Não podemos ser irresponsáveis e assinar de qualquer maneira. Ninguém vende o imóvel mais importante da família para o primeiro interessado – concluiu Rotenberg.