Juca Kfouri: ‘Botafogo beirou a perfeição contra o Santos’

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Por FogãoNET

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Impossível para quem viu, não lembrar, sempre que há um Santos x Botafogo, de Pelé e Mané.

Lembrar com saudade, mas sem queixas saudosistas.

E o primeiro tempo entre ambos esteve à altura dos dois gênios do futebol mundial.

Vice-líder com todos os méritos, o Botafogo começou o jogo na Vila Belmiro (11.301 pagantes) se impondo e em busca de acabar com a invencibilidade santista de mais de um ano em casa.

Mas o Santos logo mostrou quem manda em seu alçapão.

Jefferson teve de trabalhar muito e fazer pelo menos uma grande defesa em cabeçada brilhante de Leandrinho.

Mas Thiago Ribeiro perdeu um gol imperdível e deixou no ar aquela sensação de quem não faz toma.

Não deu outra. Embora o ataque santista envolvesse a defesa carioca até com facilidade surpreendente, foi o Botafogo que, em jogada de Seedorf com Antonio Carlos, saiu na frente, no fim do primeiro tempo, quando Elias mandou para a rede a bola parcialmente defendida por Aranha em chute à queima-roupa de Rafael Marques.

A nota dissonante do clássico era a arbitragem que marcava impedimentos inexistentes em lances agudos em prejuízo dos dois lados.
Maduro, o Glorioso sabia que o Santos viria, como veio, com tudo no segundo tempo.

Tratou de suportar a pressão com altivez e, quando pôde, numa pontada pela direita que o ex-santista Renato começou ao lançar Hyuri, o menino cruzou para Elias complementar com um cabeçada certeira, magnífica, aos 11.

Parecia tudo terminado, mas, 11 minutos depois. Cícero acertou um petardo de fora da área e diminuiu: 2 a 1.

Tinha jogo e muito jogo e jogo muito bom, digno da tradição.

O Santos, lembremos, vinha de uma maratona e Arouca entrou no Santos, assim como Éverton Costa, nos lugares de Alison e Leandrinho.

Neílton já havia substituído Renato Abreu e Oswaldo Oliveira também trocou Hyuri por Octavio.

E Elias por Gegê.

No finzinho, saiu Seedorf, o maestro, entrou André Bahia, para ganhar tempo.

O torcedor santista pode ter saído triste da Vila, mas há de reconhecer que o Botafogo beirou a perfeição.

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