Marcelo Mattos se livra das dores e da fama de violento

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Por FogãoNET

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Há cinco meses, Marcelo Mattos perdeu uma companheira que seguiu com ele durante todo o ano passado e parte desta temporada. E nenhuma saudade deixou. A ausência da dor no púbis, que o fez operar a região duas vezes, é motivo de comemoração para o volante, que conta o fato como mais uma vitória na carreira. Hoje, contra o Santos, na Vila Belmiro, ele até entra em campo com outras pequenas dores, comuns a todos os atletas de alto rendimento, mas aquelas que o deixaram quase um ano parado fazem parte do passado.

— Agora só faço manutenção duas vezes por semana. Não sinto mais dores depois dos jogos. Não preciso mais tomar remédios — celebra o volante, que começou a sentir o local no início de 2012, operou a primeira vez no clube, em julho daquele ano, pouco depois do falecimento da mãe, e fez a segunda em outubro.

Lá atrás também, garante ele, ficou aquele jogador com fama de violento e que vivia pendurado com cartões amarelos. No primeiro turno do Brasileiro, foram dez partidas sem levar um cartão sequer. Ao todo, o volante recebeu quatro na competição e desfalcou o time apenas uma vez para cumprir suspensão. Contra o Criciúma, ele ganhou um por reclamação e alguns jogadores até chegaram a lamentar por ele ficar suspenso, acreditando ser o terceiro seguido.

— Estavam achando que eu estava suspenso, e eu tive que lembrar que estava há dez jogos sem levar cartão — contou.

Não significa que o jogador tem aliviado os adversários. Porém, a condição física agora sem problemas lhe permite se antecipar às jogadas.

— Estou 100% agora, bem melhor do que vinha fazendo antes pelo Botafogo. Isso é reflexo da minha total recuperação. Consigo chegar a tempo na bola, antes, como não conseguia, apelava para a falta. Nunca vou deixar de entrar firme, e esses números provam que eu não faço na maldade, com a intenção de machucar — diz o jogador, que até o início do ano sentia como se uma corda prendesse seu quadril e o impedisse de fazer todos os movimentos.

Totalmente solto, Mattos se sente à vontade para arriscar chutes de longa distância e até mesmo viradas de jogo, como um autêntico meia. Os gols não saíram (só tem um pelo clube) e os passes ainda não fazem dele um ídolo como Seedorf. Se não tem o status de craque, também não vê nenhuma ameaça à sua posição:

— Com confiança, as coisas estão acontecendo.

Santos: Aranha, Cicinho, Edu Dracena, Durval e Mena; Renê Júnior, Arouca, Renato Abreu e Cícero; Thiago Ribeiro e William José

Botafogo: Jéfferson, Edílson, Bolívar, Dória e Júlio César; Marcelo Mattos, Renato, Seedorf, Hyuri e Rafael Marques; Elias.

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