Flavio Tenius: ‘Saí pela porta da frente do Botafogo, feliz por tudo que realizei. Não ficou mágoa’

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Por FogãoNET

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Flavio Tenius, ex-preparador de goleiros do Botafogo
Reprodução/Fora do Jogo Podcast

Preparador de goleiros do Botafogo durante dez anos, Flavio Tenius acabou saindo em 2022 após a chegada de Luís Castro com sua comissão técnica fixa, em um projeto da SAF. O profissional não guardou mágoas e ainda se despediu sendo elogiado por todos.

Em entrevista ao podcast “Fora do Jogo”, Flavio Tenius comentou a saída e a repercussão positiva.

Foi muito legal. Imagina, ficar dez anos num clube e sair com essa mobilização da galera… Ficar dez anos, sair e nem se lembrarem deve ser muito ruim. Deixei uma marca, trabalho realizado, goleiros indo para Copa do Mundo, campeão ano passado com goleiro feito na casa, com Gatito na seleção paraguaia. Saí porque hoje o Botafogo tem um dono, que faz o que quer. Trouxe uma comissão técnica com preparador de goleiros e pronto. Não tenho muito o que questionar. De repente estava na hora. Não sei se estava, não esperava sair. Mas esperava que pudesse acontecer em algum momento. Saí pela porta da frente, feliz por tudo que realizei. Não tenho nada para guardar de mágoa, foram muitas coisas boas, bacanas, pessoas, atletas, comissão técnica, funcionários, foi muito legal – declarou Flavio Tenius, que recordou bons momentos.

– Fui para o Botafogo em 2010, brigamos pela Libertadores até a última rodada, em 2011 idem, 2012 também, 2013 fomos para a Libertadores. Em 2014, saí depois da Libertadores. Tudo com salário em dia e times competitivos. A partir de 2016, quando voltei, ficamos em quinto no Campeonato Brasileiro. 2017 foi um ano bacana, semifinal de Copa do Brasil. A partir de 2018, ficou mais complicada a parte financeira, o time foi perdendo um pouco a força, acabou acontecendo a queda em 2020. Participei de muita coisa boa também. Não foram dez anos roendo o osso não. Disputamos Campeonatos Brasileiros até o final, Libertadores. Acho que o Botafogo não tinha muita saída na questão financeira. Não só o Botafogo, vários clubes, para equacionar, se reforçar, pagar dívidas, voltar a ser viável. Imagina todo dinheiro que entra estar bloqueado? Você tem uma nova possibilidade aí. Torço para o Botafogo, que ache o caminho dele. Eu vou achar o meu daqui a pouco. Já tive alguns contatos, estou vendo com calma o que posso fazer. Sempre fiquei muito tempo nos clubes que trabalhei, não queria voltar ao mercado sem ser o melhor caminho, sem poder fazer um trabalho legal. Vou fazer o que gosto, de repente revelar mais um goleiro, de repente entrar em outra função, como coordenação, para formar goleiros – explicou.

O preparador de goleiros também destacou grandes arqueiros que trabalharam com ele.

– Trabalhei com vários grandes goleiros, como Júlio César, Gomes, Gatito e Clemer, mas Jefferson foi o que mais me impressionou. Foi o mais regular que já trabalhei. Cada um tem sua característica, ele era muito concentrado, bom fisicamente, forte, ágil. Tinha lances em treino que eu chamava e ele não olhava, de tão concentrado no trabalho. Isso faz que erre pouco – comentou.

– E teve o Gatito mais recentemente, falar o que dele? Fez o que fez, continua fazendo. Eu mesmo não esperava alguém chegar e fazer coisas impressionantes no Botafogo, não digo desbancar, mas manter o nível do Jefferson. Hoje é um ídolo. Está em alto nível, ainda tem muito a dar e tem a possibilidade de jogar até uma Copa do Mundo – completou.

Veja o vídeo:

Fonte: Redação FogãoNET e podcast Fora do Jogo

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