Jeffinho já está em Lyon. O atacante do Botafogo postou nos stories do Instagram uma imagem em Lyon-Saint-Exupéry, aeroporto da cidade francesa. Ele fará exames nesta segunda-feira (30/1) para assinar contrato de empréstimo até junho de 2023.
Os valores da transferência, ainda não confirmados pelo clube, são expressivos. É o que aponta o comentarista Pedro Moreno.
– É uma situação que no mínimo foi problema de comunicação. Se houve contratação, os valores têm que ser divulgados o mais rápido possível. A matéria do “GE” divulga valores que mudariam a visão do torcedor do Botafogo, com um empréstimo de 6 meses por 5 milhões de euros, um valor estratosférico, mais 10 milhões de euros como opção de compra. O clube até desmentiu. Esses valores têm que ser informados, mudam a visão do torcedor. Óbvio que quando olha empréstimo do Jeffinho para o Lyon, pensa “o cara pegou um dos nossos melhores jogadores e transferiu para o clube dele lá, o mínimo é repor à altura” – ponderou Pedro Moreno.
– Se foi negociado por este valor mesmo, não tem nem o que discutir. É embrulhar para presente. É um valor absurdo. Caso o Lyon compre, vai superar o Vitinho, que foi por 9,3 milhões de euros, se tornaria a maior venda da história do Botafogo tendo jogado menos de uma temporada. Se os valores forem esses, a visão muda. Está claro que precisam ser públicos – acrescentou.
O comentarista Ricardo Gonzalez também foi na linha de que a comunicação da SAF do Botafogo precisa melhorar.
– A partir do momento que reinvista, OK, se for só para reforçar o caixa, o torcedor não vai entender. Em relação à postura do John Textor, o modelo da SAF é esse, quem manda é o administrador, que decide o que é melhor para o futebol do clube. Pode ter deferência de ouvir o treinador, mas quem resolve é a diretoria. Se entende assim, vai fazer. Mas se quiser ter bom convívio com o torcedor do Botafogo, que é uma parcela gigante da população, precisa melhorar a comunicação, explicar melhor como a coisa funciona. Se fosse o Barcelona, não o Lyon, não ia causar nenhum problemas. Nos acostumamos a ver as joias da base indo para a Europa. O problema é que por ser o time do John Textor fica a dúvida se o projeto é ser mero fornecedor de mão de obra para outros clubes, aí é um problema, o torcedor vai se sentir inferiorizado. Falta essa comunicação de como vai ser a transferência e se há benefícios maiores a determinados clubes – analisou Gonzalez.