Confesso que já tinha me esquecido. Mas me lembraram do julgamento de Marçal e Tiquinho Soares no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Botafogo recorreu das punições por conta do comportamento de ambos no clássico contra o Flamengo pelo Campeonato Carioca. Se foram mantidas as penas, Marçal pega cinco jogos e Tiquinho recebe oito partidas. Mas a punição só vale para competições organizadas pela Ferj. Ufa! Fiquei com medo de o Botafogo perder ambos em jogos realmente importantes.
Independentemente do que acontecer, o Botafogo não deve se preocupar. Afinal de contas, pode encarar como uma forma de poupar os atletas sem correr riscos de punição pelo regulamento horroroso do torneio. Assim eles nem precisam ir a campo e a Ferj vai entender né? Nesse cenário uma absolvição é até mais preocupante. Pois aí o regulamento pode querer obrigar o clube a escalar os jogadores. Vai entender né?
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Tudo bem que o Botafogo precisa levar o Estadual com seriedade. Dá vaga na Copa do Brasil. Mas nesse cenário o clube pode ganhar a Taça Rio, fazer uma pré-temporada de luxo que o próprio Campeonato Carioca impediu em janeiro e ainda melhorar o time para as competições que realmente importam.
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Botafogo deveria ser indenizado
Pode parecer um deboche. Mas estou apenas encarando as competições da Ferj com a seriedade que o Estadual passou a ter nos últimos anos. E pensar que já foi o torneio mais charmoso do Brasil. Hoje é uma caricatura com um nível de arbitragem capaz de fazer jogadores acostumados ao futebol europeu, como Marçal e Tiquinho Soares, perderem a cabeça. Agressões nunca são aceitas. Mas se deve punir todos os responsáveis por estragar o espetáculo, incluindo o árbitro. Senão não há credibilidade.
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Então está tudo bem independentemente do resultado do julgamento? Acho que não. O clube deveria encontrar um jeito de pedir dano moral pela suspensão preventiva de Tiquinho Soares que quase trouxe danos irreparáveis na Copa do Brasil. Sei que não é possível. Mas deveria acontecer para servir de lição.
