Em 1987 o Botafogo tirou do Bangu três jogadores: Mauro Galvão, Paulinho Criciúma e Marinho. O zagueiro é o nosso personagem de hoje nesta série que fala do Botafogo nas Copas do Mundo. Vale fazer um lembrete. Não é um espaço para lembrarmos aqueles consagrados, como Nilton Santos e Mané Garrincha. As lendas são lembradas sempre, e com justiça. Vamos falar daqueles que são menos falados, mas também importantes.
Mauro Galvão era aquele zagueiro que tinha um talento acima da média e que conseguia fazer o companheiro de zaga crescer. Jogava de maneira elegante, com a cabeça erguida. Mas se fosse preciso também entrava de forma dura.
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Mas o que chamava atenção mesmo era o talento, raro em se tratando de zagueiro. O jogador sabia sair jogando como poucos e dar passes de qualidade. Mauro Galvão tinha ficado marcado como um dos líderes que ajudaram o Botafogo a quebrar um jejum de 21 anos sem títulos. O Glorioso foi campeão invicto no Campeonato Carioca de 1989.
Jogando muita bola, ele logo despertou a atenção do técnico Sebastião Lazaroni para desempenhar uma função que o treinador queria e que não era comum no Brasil: líbero. Os clubes europeus jogavam dessa forma.
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Mauro Galvão campeão da Copa América

Mauro Galvão ganhou dez vez a confiança do treinador durante a conquista do título da Copa América de 1989, no Brasil. A vaga na Copa do Mundo estava assegurada. Mas ajudou muito seu bom desempenho no Carioca de 1990, quando o Glorioso conquistaria o bicampeonato estadual.
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O zagueiro então iniciou a Copa do Mundo com a missão de ser líbero. Mas o que a imprensa dizia não era o que Lazaroni pedia em campo. A Seleção jogava com três zagueiros, mas não com um líbero. Os três não saiam para jogar porque a função era cobrir os laterais, liberados para atacar sempre. Faltou explicar melhor à opinião pública – explicou Galvão depois da Copa.
Mauro Galvão foi para a Suíça

Apesar de não ter sido bem um líbero, Mauro Galvão foi um dos poucos a escapar em uma Copa do Mundo para a Seleção Brasileira esquecer. O Brasil ganhou os três jogos da fase de grupos sem encher os olhos: 2 a 1 diante da Suécia e 1 a 0 sobre Costa Rica e Escócia.
A eliminação veio com o 1 a 0 para a Argentina em um jogo que a Seleção Brasileira dominou os noventa minutos. A defesa brasileira foi alvo de críticas por permitir que Maradona driblasse vários adversários antes de tocar para Caniggia fazer o gol fatal. Mas Mauro Galvão foi um dos poupados no lance.
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As boas atuações renderam ao craque uma proposta do Lugano da Suíça, onde atuou por seis anos. Como o futebol suíço não era tão conhecido, acabou ficando de fora do time que seria tetracampeão mundial em 1994, nos Estados Unidos. Mas tanto na Seleção Brasileira, como no Botafogo, Mauro Galvão tem uma bela história para se orgulhar.