Lucio Flavio não pediu para ser técnico do Botafogo. Com humildade, serviu de suporte para Caçapa no período da transição entre Luís Castro e Bruno Lage. O próprio interino, a caminho da Bélgica, disse que Lucio Flavio tinha sido fundamental na organização do time que venceu quatro jogos seguidos por 2 a 0, incluindo o clássico contra o Vasco e o duelo com o Grêmio no Rio Grande do Sul.
Chegou Bruno Lage e todos pudemos observar a desgraça que foi, culminando com resultados que nos custaram pontos preciosos. Não dá para culpar Jhon Textor por ir buscar um treinador na Premier League. Se tivesse mantido um interino e a coisa desandasse, todos apontariam o dedo dizendo que foi descaso com um plantel na liderança do Brasileirão. Além disso preservou Lucio Flavio.
MAIS! Botafogo incomoda pois mostra decadência da arbitragem
A permanência de Lucio Flavio passa pela reação dos jogadores após o empate com o Goiás. É como se o elenco tivesse dado as garantias de que a permanência do interino até a reta final do Brasileirão culminaria no título. E após os triunfos sobre Fluminense e América-MG tudo indicava que sim.
A dívida com Lucio Flavio

Pois bem, o Botafogo de Lucio Flavio seguiu jogando. Fez um bom primeiro tempo contra o Furacão. Mas mostrou deficiências defensivas que todos viram no gol paranaense. Procura-se Adryelson no gol do Cuiabá. E o segundo tempo diante do Palmeiras ninguém entende. Não anulo os erros de arbitragem, mas o Botafogo colaborou para os tropeços.
MAIS! Tiquinho e seu lado ‘Túlio Maravilha’
Um time que tenta ser ofensivo como Luís Castro. Mas que fica exposto de um jeito que não vimos nos tempos do português. O Botafogo apático diante do Vasco era um bando de assustados que não parecia em nada um plantel que mostrou força no torneio. Se Lucio Flavio tem a sua parcela pela desorganização do time, os jogadores lhe devem pelo menos chamar a responsabilidade. Ele não pediu para estar lá.