Pitacos: John Textor precisa ter cuidado com os bastidores do futebol brasileiro; Botafogo normalmente joga ‘contra tudo e contra todos’

56 comentários

Blog da Redação

Blog da Redação

Compartilhe

Pitacos: John Textor precisa ter cuidado com os bastidores do futebol brasileiro; Botafogo normalmente joga ‘contra tudo e contra todos’
Vitor Silva/Botafogo

* John Textor chegou ao Botafogo, assinou acordo vinculante, animou a torcida e está perto de se tornar o comprador da SAF do clube. Até agora, tudo bem. Mas é preciso ficar alerta com os bastidores do futebol brasileiro.

* Alguém precisa alertar o empresário americano sobre como funcionam as coisas no Brasil. Nem sempre (ou quase nunca) é o mundo mais ético possível, correto, organizado e de interesses comuns. Pelo contrário: prevalece o cada um por si.

* O primeiro ponto a ficar alerta é com a mídia. Não se espantem se começarem a surgir notícias contrárias à SAF ou críticas ao investidor. Já até saíram, inclusive. Provavelmente, haverá jornalistas fuçando a vida de John Textor atrás de algo que seja polêmico ou controverso. A famosa “FlaPress” certamente aprontará das suas.

* As torcidas rivais certamente não ficaram satisfeitas e poderão espalhar fake news nas redes sociais. Já aconteceu, ao cortarem um trecho da entrevista de Textor para deturpar uma fala dele. Nela, ele dizia que “procurava um clube brasileiro sem muita torcida” inicialmente até que “foi sugerido o Botafogo, o qual achou que era impossível de comprar por ser muito grande”. Maldosamente, rivais propagam apenas a primeira parte. Na verdade, há uma ponta de inveja, pois queriam um Textor no clube deles.

* Outros problemas o Botafogo já está acostumado nos últimos anos, mas possivelmente voltará a enfrentar. Como arbitragem. Após chute de Gatito no VAR e protestos do clube contra a CBF, o clube foi prejudicado consistentemente até ser rebaixado no Brasileiro de 2020. Até na Série B sofreu com árbitros. Ou seja, em breve deve ocorrer de novo.

* O Botafogo, com Durcesio Mello, se realinhou com as entidades, como CBF e Ferj. Por incrível que pareça, no Brasil, se não é assim, tudo é mais complicado. Na época de Bebeto de Freitas, o clube fazia oposição à Ferj e reclamava de ser prejudicado de diversas formas em seguida. Textor vai precisar entender como funciona isso no Brasil.

* Há um outro fator em jogo. Com a chegada de Textor, empresários, clubes e jogadores crescerão o olho. Provavelmente, as negociações com o Botafogo mudarão de patamar, com pedidas bem mais altas. Jogador que vale “x” vai querer “3x” para ir para o Botafogo.

* Como último exemplo, vale relembrar a polêmica e até hoje inexplicável interdição do Nilton Santos em 2013. Quando o Botafogo tinha o melhor time do Rio, Seedorf, patrocinador e um estádio próprio, enquanto os rivais penavam. Com o surreal fechamento, além de má gestão interna, quebraram o clube.

* Por fim, o último ponto de bastidores – esse John Textor já deve estar ciente – é a política interna do Botafogo. Ainda há opositores à SAF e gente que quer manter o atual modelo de “gestão”, o mesmo que afundou o clube durante todos esses últimos anos.

* Que o novo Botafogo, de John Textor, possa superar todos esses obstáculos, crescer e se tornar a potência que a torcida espera e merece.

Fonte: Redação FogãoNET

Notícias relacionadas