Acompanhei durante a semana a palhaçada protagonizada pela Comissão de Árbitros da CBF em relação ao lance envolvendo o atacante Janderson e o VAR na derrota para o Athletico Paranaense. Como escrevi anteriormente, o Botafogo mudou com o VAR e hoje há um grande equilíbrio no clube. Mas isso não impede que se abra uma discussão sobre a CBF e o tema arbitragem.
Primeiro vimos a explicação do chefe da arbitragem Wilson Luiz Seneme, que como árbitro nunca foi dos mais brilhantes. Ele se confundiu todo dizendo que realmente era lance para o VAR, mas que a postura do jogador atrapalhou tudo. Me faz lembrar aquela situação em que acontece um estupro e aparece alguém colocando a culpa na roupa da mulher. Ou seja, Seneme quis culpar a vítima pelo dano causado ao Botafogo.
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Se isso não bastasse, vimos um áudio do VAR onde se discute até mesmo que o lance foi na área ou não. Inacreditável a briga com a imagem por parte de quem mais deveria zelar por ela. O mínimo ali era a análise do lance por parte do árbitro. Só não sei se pela qualidade da atuação de Vinicius Gonçalves Dias Araújo adiantaria muita coisa.
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CBF não pode gerir arbitragem

O mais importante nisso tudo é que o lance envolvendo Janderson pode abrir uma importante discussão sobre a influência da CBF na arbitragem. Com a criação das Ligas é fundamental tirar da entidade o poder neste sentido. A CBF se mostrou incompetente até o momento para gerir a arbitragem brasileira.
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Se discutem campeonatos mais eficientes, distribuição de receitas, vendas de patrocínio e de cotas de TV por meio da Libra, os clubes não podem deixar a arbitragem de fora disso. Uma boa discussão que o lance no jogo do Botafogo pode ajudar a mostrar novos rumos.