Vamos ser bem realistas, se fosse um treinador brasileiro já teria rodado. Mas demitir Luís Castro no Botafogo não é tão fácil quanto parece e isso passa muito longe das questões financeiras. O português não conseguiu fazer seu trabalho até aqui, como vimos no Estadual. Apesar disso o clube tem tudo para tentar adiar a demissão e ganhar tempo. O problema é que isso pode custar muito caro.
O Botafogo esperou por Luís Castro. Jonh Textor sempre deixou claro que ele era o preferido e confia no português para a reestruturação do clube. O vê como um gestor, além de um treinador. Confia nele para organizar o futebol do clube.
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Apesar disso tudo, não dá nem para julgar Castro pelo processo de reestruturação do clube. Isso porque a falta de progressos no time de futebol salta aos olhos, deixando qualquer outra discussão em segundo plano. O que pode amenizar um pouco é que o próprio português, na chegada, admitiu que os resultados teriam um peso importante e poderiam derrubá-lo.
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Dava para fazer bem mais

Mandar Castro embora agora significa o primeiro grande fracasso dessa nova SAF botafoguense. Até então os resultados negativos poderiam ser tratados como parte do processo. Mas agora a realidade mudou, pois todos sabem que dava para fazer mais contra adversários como Sergipe e Portuguesa.
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Outro fator, além do financeiro e do sentimento de derrota, é: quem colocar no lugar? Apostar em um brasileiro e minimizar o discurso de reconstrução do clube (pois parece que hoje na visão dos dirigentes de vários clubes e alguns jornalistas os treinadores brasileiros não teriam essa capacidade)? Tentar outro estrangeiro e correr os mesmos riscos de Luís Castro? A tarefa é complicada, mas o que a torcida quer parece bem claro. O problema é que é muito forte o simbolismo da demissão de Luís Castro no Botafogo.