A frase de Luís Castro após a vitória do Botafogo sobre o São Paulo, demostrando surpresa por não conhecerem Tiquinho Soares no Brasil, gerou incômodo em algumas pessoas. Principalmente alguns jornalistas e ex-jogadores que comentam em emissoras de televisão. Mas confesso que tenho dificuldades de saber se é desconhecimento ou apenas a eterna má vontade de parte da mídia com o Botafogo.
Falo isso porque vi recentemente algumas contratações de jogadores que não fizeram carreira no Brasil serem tratadas como a oitava maravilha do mundo. Muita gente comentando de atletas que nunca ouviram falar. Mas Tiquinho Soares, que foi destaque no Porto, onde foi bicampeão, é um ilustre desconhecido. Fora os argumentos de que: “O Botafogo trouxe um jogador lesionado”. Comentário capaz de chutar a ética para escanteio na maior cara de madeira vagabunda.
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Me lembro quando o Botafogo anunciou Paulo Autuori em 1995. Em sua primeira entrevista em um programa de televisão o repórter, que até hoje permabula em rádios cariocas, perguntou se o técnico “com nome de bula de remédio” estava atrás de fama. Ouviu uma resposta que deixaria a classe jornalística envergonhada. Vim em busca de prestígio. Pois ele é eterno. A fama é passageira – disse o técnico que viria a ser campeão brasileiro naquele ano.
Basta uma pesquisa bem feita

O desconhecimento sobre Paulo Autuori, que já era falado na Europa por levar o modesto Marítimo a torneios continentais, era prova de que bastava uma pesquisa bem feita para não falar besteira. Confesso que naquela época era mais complicado, sem a internet. Mas hoje basta dar um google para descobrir quem é quem, saber sua história e identificar se a aposta é boa ou não.
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Diante deste cenário não se deve criticar Castro por reclamar de não conhecerem Tiquinho Soares. Devem sim é aceitar que muitas vezes se analisam jogadores sem nunca terem visto uma partida do mesmo.
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O valor da crítica depende da forma como é feita e o objetivo que ela pretende atingir. Luís Castro foi ingênuo em achar que é apenas falta de conhecimento sobre Tiquinho Soares. Mais um período ouvindo alguns analistas ele vai perceber algo a mais. Conto eu, ou conta vocês?