Torcida Castrada, fila do perdão, time embalado. O momento do Botafogo é maravilhoso. Mas isso só foi possível porque John Textor manteve o português no comando da equipe. O treinador sofreu com críticas, inclusive minhas. Algumas justas, pois era impossível enxergar algum trabalho no Campeonato Carioca. Enquanto a gente criticava, Castro pedia tempo. Algo que parecia pouco lógico para quem estava há um ano no posto.
Luís Castro lembrava que o Botafogo tinha perdido algumas peças, estava contratando. Além disso reclamava de viajar para jogar mesmo quando era mandante. E fomos seguindo, mesmo sem confiar totalmente.
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O Botafogo teve que mudar a programação por conta do Estadual. Abriu mão da pré-temporada por conta da jabuticaba criada pela CBF. Mesmo assim perdeu quatro jogos, sendo um deles com o time sub-20 (Audax) e outro com dois homens a menos (diante do Vasco). Mas o que mais irritava era a apatia de algumas atuações, como o 1 a 0 para o Flamengo e o empate com o Sergipe.
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Veio a Taça Rio e aí Luís Castro encontrou a sua pré-temporada de um mês. Rodou jogadores, definiu posições e deixou claro que a temporada começava diante do São Paulo, na estreia no Brasileirão. Ali o time estava pronto e jogaria em casa. O resto já sabemos.
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A humildade de Luís Castro

Durante todo esse processo Luís Castro se manteve humildade. Explicava mil vezes as mesmas coisas sem se irritar. Não lembrava de seu currículo. Não se vangloriava de contar com o respaldo de Textor. Agora que o o quadro mudou, Castro mostrou que a humildade é sim a grande virtude que mudou esse Botafogo. Ele continua sem lembrar que estava certo, lamenta apenas a importância que se deu ao Estadual. Mas faz isso muito mais no sentido de tentar mudar a cultura do que de mostrar que estava certo.
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Mesmo diante da brincadeira da torcida, que se diz Castrada, o português apenas pede para seguir: “Desde que não nos castrem os pontos, vamos seguir”. Independentemente do que acontecer, Castro mostrou a principal virtude que faz não apenas um treinador, mas também um homem: a humildade.