A entrevista de Luís Castro após a vitória sobre a Portuguesa, que classificou o Botafogo para a final da Taça Rio, mostra um treinador preocupado em mostrar que não é o único responsável pelo insucesso do time dentro de campo. Neste ponto ele tem razão. Entretanto o que estamos vendo são declarações de um gerente de futebol. O grande problema é que o trabalho do treinador não vem agradando a boa parte de jornalistas e torcedores e quem reclama tem razão.
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Luís Castro, ao fazer um balanço do Botafogo após um ano na função, disse:
– Sinto aquilo que senti sempre no futebol, consciência tranquila de ter dado o máximo durante o ano ao Botafogo. Ter encontrado um clube que não tinha um campo para treinar, um clube em grandes dificuldades, chegamos, organizamos, trabalhamos, desenvolvemos, classificamos para a Copa Sul-Americana, estamos na Copa do Brasil, no Brasileirão, fazendo uma pré-temporada no Estadual, o que não é normal, o normal é fazer amistosos, aqui no Brasil não é possível… Seguimos – disse ele.
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Luís Castro tem capacidade de gestão

O português foi realmente contratado também pela grande capacidade de gestão. E realmente o Botafogo vem crescendo fora de campo. Seu trabalho neste quesito precisa de reconhecimento. Seria injusto falar o contrário.
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Se Luís Castro colaborou muito fora de campo, infelizmente a tal evolução que ele fala dentro das quatro linhas, não foi vista em 2023. O time regrediu em relação ao ano passado. Além disso é previsível em relação a esquemas e quando ele tenta variar normalmente se complica.
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Como vai permanecer no clube, ele precisa ter foco agora no principal problema a resolver: dar um padrão ao time. O Botafogo precisa ser menos previsível e mais surpreendente. O clube precisa ter variações e não depender tanto da bola parada. Rever alguns conceitos seria um bom começo. O momento é para entrar em ação o Luís Castro treinador e menos o Luís Castro gerente.